Rafael Horta
Hoje, 02 de novembro de 2.011, dia dos fiéis defuntos, é uma data que vai ficar na história da cidade de Contagem. Depois de mais de 40 anos, o Santo Sacrifício da Missa, segundo o rito de São Pio V, rito que tinha sido esquecido, abandonado depois da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II foi magnificamente celebrado na Capela de São Geraldo, pertencente à Paróquia Santo Antônio Maria Claret.
Rito maravilhoso, que enche os olhos e, sobretudo a alma; pleno de piedade e respeito, que enternece os fiéis; cheio de veneração e adoração à Nosso Senhor Jesus Cristo. Mistério insondável que manifesta plenamente a fé católica.
Durante anos de destruição do sagrado, do venerável, por vezes consciente e proposital, por meio de teatro e danças obscenas, por “encheções de lingüiça”, músicas e músicas sem fim... rock, rap, funk, caipira, protestantismo, comunismo e toda sorte de doutrina anti-católica... de tudo um pouco, menos gregoriano. Destruições levadas a cabo por padres e leigos cheios de criatividades e “gambiarras” litúrgicas.
Mas hoje, um padre e um grupo de fiéis, trazem de volta para a vida da paróquia, aquilo que nunca deveria ter saído dela. Todo o sagrado e sobrenatural da Missa de Sempre, a liturgia bi-milenar que tantos santos celebraram e que por meio dela se santificaram veio-nos hoje por graça Divina e nos encheram de ardor.
Antes do início pede-se silêncio. Reza-se o terço em sufrágio dos padecentes no purgatório. Prepara-se o corpo pelo silêncio e a alma pela oração para participar da renovação do Santo Sacrifício de Nosso Senhor e receber seu divino Corpo no Banquete Sagrado.
Desde a procissão de entrada à procissão final, o que se via eram olhares atentos, alguns curiosos, outros admirados pelo encanto dos paramentos do padre, as vestes dos acólitos, a disposição e beleza do santo altar, a santa cruz em seu centro, acrescenta-se a isso a suave melodia do gregoriano.
Os gestos, as orações do padre e dos fiéis, tudo se faz com muito respeito e dignidade. Gestos e orações feitos com muita devoção, sem pressa nem improviso.
A igreja cheia, estima-se mais de trezentos fiéis, muito mais do que esperávamos, muitas rostos que já conhecíamos; vários da paróquia e capelas vizinhas; além de fiéis de Belo Horizonte e Betim, todos presentes para testemunhar este momento histórico.
Senhores e senhoras, rapazes e moças, dignamente vestidos para tão grande festa. Senhores e rapazes vestidos socialmente, alguns mesmo de terno e gravata. Senhoras e moças de saias longas e algumas com véus. Tudo como pede a santa modéstia católica para a Casa de Deus.
Todos ouvem atentos o sermão do padre. Famintos para receber o alimento da Palavra divina e não um blá-blá-blá sem fim que não leva a nada e não sacia ninguém.
No momento da consagração, todos de joelhos, adoração devida à Nosso Deus que se digna descer sobre nossos altares. O padre, profundamente inclinado presta adoração Àquele que nos salva de nossos pecados; em seguida os fiéis adoram Deus, Nosso Senhor, tudo no mais profundo e sereno silêncio.
Mais uma vez Nosso Senhor se deu a seus fiéis, pelas mãos do sacerdote. Na procissão de Comunhão se via olhares sedentos de Deus que para muitos parecia ser a primeira Comunhão. Todos em fila, aguardando sua vez. Chegado o momento, se colocavam de joelhos e recebiam Nosso divino Redentor diretamente na boca e voltavam plenos de comoção em silêncio.
No fim da Missa várias pessoas vieram cumprimentar o padre e lhe agradecer a grande graça de devolver aos fiéis a Santa Missa de sempre. Olhos cheios de lágrimas de senhoras e senhores que, outrora foram espoliados de seu maior bem, de seu maior tesouro, mas que a partir desse momento sentiram-se na posse de Tudo Aquilo que era deles.
Enquanto eu estava na sacristia, guardando os paramentos do padre, uma senhora com os olhos rasos d’água, me diz de repente: “ Que Missa linda! Muito solene! Digna da Majestade de Nosso Senhor!”. Ela resumiu todo o meu comentário de modo simples e humilde, com um coração de criança que agrada infinitamente a Nosso Senhor.
No dia dos fiéis defuntos, a Missa no rito de sempre, que antes parecia morta em nossa cidade, volta a ter vida. Cumpre-se mais uma vez o Santo Evangelho: “Ela não está morta. Apenas dorme.”[1]
Glórias sejam dadas a Deus que jamais abandona sua Igreja e seus filhos conforme Nosso Senhor prometeu.
Graças sejam dadas a Maria Santíssima que nos concede, sempre, imensas graças e à Ela somos eternamente gratos.
Obrigado ao Santo Padre Bento XVI que nos concedeu a graça de podermos ter, novamente, em nossas paróquias a Missa no rito de São Pio V.
Obrigado ao padre Jair Gonçalves, CMF, que desde o princípio se mostrou verdadeiro pai para os paroquianos e todos os amantes da Santa Missa. Agradecemos ainda pela disponibilidade de levar a Santa Missa à cidade de Betim em breve e a todos quanto precisarem.
Nota:
[1] cf. Mt 9, 24
Rito maravilhoso, que enche os olhos e, sobretudo a alma; pleno de piedade e respeito, que enternece os fiéis; cheio de veneração e adoração à Nosso Senhor Jesus Cristo. Mistério insondável que manifesta plenamente a fé católica.
Durante anos de destruição do sagrado, do venerável, por vezes consciente e proposital, por meio de teatro e danças obscenas, por “encheções de lingüiça”, músicas e músicas sem fim... rock, rap, funk, caipira, protestantismo, comunismo e toda sorte de doutrina anti-católica... de tudo um pouco, menos gregoriano. Destruições levadas a cabo por padres e leigos cheios de criatividades e “gambiarras” litúrgicas.
Mas hoje, um padre e um grupo de fiéis, trazem de volta para a vida da paróquia, aquilo que nunca deveria ter saído dela. Todo o sagrado e sobrenatural da Missa de Sempre, a liturgia bi-milenar que tantos santos celebraram e que por meio dela se santificaram veio-nos hoje por graça Divina e nos encheram de ardor.
Antes do início pede-se silêncio. Reza-se o terço em sufrágio dos padecentes no purgatório. Prepara-se o corpo pelo silêncio e a alma pela oração para participar da renovação do Santo Sacrifício de Nosso Senhor e receber seu divino Corpo no Banquete Sagrado.
Desde a procissão de entrada à procissão final, o que se via eram olhares atentos, alguns curiosos, outros admirados pelo encanto dos paramentos do padre, as vestes dos acólitos, a disposição e beleza do santo altar, a santa cruz em seu centro, acrescenta-se a isso a suave melodia do gregoriano.
Os gestos, as orações do padre e dos fiéis, tudo se faz com muito respeito e dignidade. Gestos e orações feitos com muita devoção, sem pressa nem improviso.
A igreja cheia, estima-se mais de trezentos fiéis, muito mais do que esperávamos, muitas rostos que já conhecíamos; vários da paróquia e capelas vizinhas; além de fiéis de Belo Horizonte e Betim, todos presentes para testemunhar este momento histórico.
Senhores e senhoras, rapazes e moças, dignamente vestidos para tão grande festa. Senhores e rapazes vestidos socialmente, alguns mesmo de terno e gravata. Senhoras e moças de saias longas e algumas com véus. Tudo como pede a santa modéstia católica para a Casa de Deus.
Todos ouvem atentos o sermão do padre. Famintos para receber o alimento da Palavra divina e não um blá-blá-blá sem fim que não leva a nada e não sacia ninguém.
No momento da consagração, todos de joelhos, adoração devida à Nosso Deus que se digna descer sobre nossos altares. O padre, profundamente inclinado presta adoração Àquele que nos salva de nossos pecados; em seguida os fiéis adoram Deus, Nosso Senhor, tudo no mais profundo e sereno silêncio.
Mais uma vez Nosso Senhor se deu a seus fiéis, pelas mãos do sacerdote. Na procissão de Comunhão se via olhares sedentos de Deus que para muitos parecia ser a primeira Comunhão. Todos em fila, aguardando sua vez. Chegado o momento, se colocavam de joelhos e recebiam Nosso divino Redentor diretamente na boca e voltavam plenos de comoção em silêncio.
No fim da Missa várias pessoas vieram cumprimentar o padre e lhe agradecer a grande graça de devolver aos fiéis a Santa Missa de sempre. Olhos cheios de lágrimas de senhoras e senhores que, outrora foram espoliados de seu maior bem, de seu maior tesouro, mas que a partir desse momento sentiram-se na posse de Tudo Aquilo que era deles.
Enquanto eu estava na sacristia, guardando os paramentos do padre, uma senhora com os olhos rasos d’água, me diz de repente: “ Que Missa linda! Muito solene! Digna da Majestade de Nosso Senhor!”. Ela resumiu todo o meu comentário de modo simples e humilde, com um coração de criança que agrada infinitamente a Nosso Senhor.
No dia dos fiéis defuntos, a Missa no rito de sempre, que antes parecia morta em nossa cidade, volta a ter vida. Cumpre-se mais uma vez o Santo Evangelho: “Ela não está morta. Apenas dorme.”[1]
Glórias sejam dadas a Deus que jamais abandona sua Igreja e seus filhos conforme Nosso Senhor prometeu.
Graças sejam dadas a Maria Santíssima que nos concede, sempre, imensas graças e à Ela somos eternamente gratos.
Obrigado ao Santo Padre Bento XVI que nos concedeu a graça de podermos ter, novamente, em nossas paróquias a Missa no rito de São Pio V.
Obrigado ao padre Jair Gonçalves, CMF, que desde o princípio se mostrou verdadeiro pai para os paroquianos e todos os amantes da Santa Missa. Agradecemos ainda pela disponibilidade de levar a Santa Missa à cidade de Betim em breve e a todos quanto precisarem.
Nota:
[1] cf. Mt 9, 24
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